"Primeiro permitiram por motivos espúrios que essa profissão ficasse nas mãos das prefeituras. Mas eu nunca me importei com a profissão, eu queria só explorar.
Depois começaram aceitar a compra, venda, aluguel e hereditariedade. Mas eu nunca me importei com a profissão, eu queria só explorar.
Depois qualquer pessoa sem qualificação profissional, exigência de escolaridade e desempregada era muito bom para explorar. Mas eu nunca me importei com a profissão, eu queria só explorar.
Depois começou a ter brigas entre taxistas de pontos de táxis, brigas entre taxistas de outras cidades e brigad entre permissionários com auxiliares. Mas eu nunca me importei com a profissão, porque eu queria só explorar.
Depois começaram recusar serviços curtos. Mas eu nunca me importei com a profissão, eu queria só explorar.
Depois começaram a cobrar no tiro (sem usar taxímetro). Mas eu nunca me importei com a profissão, eu queria só explorar.
Depois maltratavam os consumidores. Mas eu nunca me importei com a profissão, eu queria só explorar
Depois venderam tudo e montaram empresas com carros particulares para concorrer com os taxistas. Mas eu nunca me importei com a profissão, porque eu queria só explorar.
Depois vários auxiliares que eu explorava entregaram meus táxis e foram trabalhar com próprio carro particular concorrendo com os taxistas. Mas eu nunca me importei com a profissão, porque eu queria só explorar.
Hoje não tenho ninguém para explorar no aluguel de táxis ou que compre tudo, então tenho que trabalhar exercendo essa profissão para manter minha família e me associei na Ordem dos Taxistas do Brasil porque é o único grupo no país que luta pela profissão e pode acabar com o sistema que eu defendia."
Rafael S. T. Y. ex-empresário de táxis e hoje taxista.